O câncer de bexiga é classificado de acordo com o tipo de célula que apresenta alterações. 

O mais comum é o câncer que acomete as células de transição, tendo início nas do tecido mais interno da bexiga. 

Há, ainda, o carcinoma de células escamosas e o adenocarcinoma, que afetam células formadas na bexiga após infecções ou inflamações prolongadas. 

Quando esta doença se limita ao tecido que reveste a bexiga, é considerado superficial. Contudo, ela pode se espalhar, invadindo tecidos musculares, órgãos próximos e gânglios linfáticos, tornando-se, nesses casos, um câncer invasivo. 

O Dr. Jarlisson Ribeiro, médico urologista, explica que o principal sintoma do câncer de bexiga é o sangue na urina. Por isso, esse sintoma deve ser prontamente investigado junto ao urologista. 

Como conta o Dr. Jarlisson Ribeiro, “Para diagnosticar o câncer, inserimos na bexiga, através da uretra, um tubo de visualização fino e flexível com uma câmera (cistoscópio). Podemos, ainda, solicitar um exame de urina (citologia) e colher uma biópsia, isto é, uma pequena porção do tecido da bexiga que será removida para ser examinada ao microscópio. Além desses, outros exames podem ser necessários, como uma tomografia ou uma ultrassonografia.”.

O tratamento dessa doença dependerá do seu tipo e do seu estágio de avanço. O Dr. Jarlisson explica que os cânceres superficiais são tratados com a remoção do tecido canceroso usando um cistoscópio. E, após este procedimento, para reduzir o risco de desenvolvimento de novos cânceres, poderão ser administrados, continuamente, medicamentos na bexiga do paciente. 

Os cânceres mais profundos, por sua vez, podem demandar procedimentos mais complexos, como a remoção parcial ou total da bexiga. Além da remoção cirúrgica, poderá ser necessária – como em outros tratamentos oncológicos – a radioterapia, a quimioterapia ou a imunoterapia.